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sábado, 13 de dezembro de 2008

Confissôes








" Só peço a você

um favor se puder

não me esqueça num canto qualquer..."



Depois de tantos anos , encontrei guardado meu caderno de escritos. Não funcionava como diário. Era uma espécie de Caderno de Recordações onde guardava desde recadinhos de colegas, cartas, meus boletins escolares, , músicas, fotos ... até pequenos textos que eu escrevia em momentos de recolhimento.

Meu caderno ficou guardado por muitos anos. Um dia, ao arrumar um velho armário , eu o encontrei. Nessa época eu já tinha minha família, minha filha entrava na adolescência... Achou o caderno maravilhoso! Aliás, não era somente um caderno. Eram dois. Eles foram meus companheiros de muitos anos ... Comecei a fazê-los aos quatorze anos. A última vez que escrevi nele foi em 1991. Depois ele ficou esquecido no velho armário por toda a infância de Mariana( minha filha) para depois reaparecer 11 anos depois.

É interessante folheá-lo hoje. Revivi cada momento do passado. Cada página contava um pouco da minha históra. Era mais que uma fotografia, era um retrato do meu EU naqueles anos vividos. Os sonhos que tinha, os acontecimentos que marcaram minha vida de adolescente, meu ensino médio, minha ida para a faculdade ( até o resultado do vestibular eu colei no meu caderno)! E como foi bom ter guardado essas pequenas lembranças nele!

O meu caderno ficou com minha filha e floresceu nela um desejo. A partir daquele dia, ela também começou a fazer o dela. Também guarda nele os seus momentos. Momentos só dela, ninguém pode ver ou ler o que nele se escreve. Eu já vi esse filme... Quem sabe no futuro, ela também o apresente a seus filhos assim como eu fiz. E assim as gerações de nossa família poderão perpetuar a idéia do caderno.

E toda vez que escuto a música O CADERNO tenho saudade daquele tempo que não volta mais. Ainda bem que não deixei o meu num canto qualquer , mas sim num armário de guardados.

Hoje, com a era da informática, volto a escrever. Fiquei muito tempo adormecida. A correria da vida moderna atrapalhou um pouco... Mas a vontade sempre esteve latente em mim. Era uma necessidade.Volto a fazer um novo caderno. Desta vez um pouco diferente dos primeiros, mas é um novo caderno!
( Mônica Miranda in 13/12/2008)

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